terça-feira, 7 de agosto de 2012

Rádio católica facilita conversões nos Estados Unidos

Rádio católica facilita conversões nos Estados Unidos

Nova York (Terça-feira, 07-08-2012, Gaudium Press)
Os caminhos pelos quais Deus leva as almas até a plena comunhão com
Ele são muitas vezes inesperados. "Estava procurando emissoras no meu
rádio quanto encontrei uma discussão sobre as Escrituras. Me
surpreendi quando os escutei dizer que era uma emissora católica"
relatou David Morris, que até então era membro de um culto cristão em
Ohio, Estados Unidos. "Me haviam dito que os católicos não eram
cristãos, mas naquela hora estava conhecendo algo diferente".

Casos como o de Morris foram destacados recentemente pelo informativo
National Catholic Register e demonstram como a graça de Deus chega a
muitos corações através dos meios de comunicação, às vezes superando
desta maneira dificuldades que seriam difíceis de superar em outros
ambientes. "Um aspecto único da rádio católica é que lhe dá a
oportunidade de conhecer sobre a fé sem que outras pessoas se dêem
conta", explicou David Vacheresse, da cadeia de rádio EWTN.

A história de Morris não acabou na surpresa que teve ao sintonizar um
comentário católico sobre a Bíblia. Sua inquietude o levou ao Rito de
Iniciação Cristão para Adultos de sua localidade, onde pôde aprofundar
seu conhecimento a respeito da Igreja, juntamente com sua esposa. "Se
não tivesse escutado esse debate particular sobre a Escritura neste
dia, todavia estaria errado sobre a Igreja Católica", afirmou Morris.
"Minha esposa e eu nos apaixonamos pela fé católica".

Chirtie Martin, por exemplo, havia se convertido à fé católica, mas
enfrentava a oposição de sua família, o que fazia com que evitasse
falar a respeito tivesse dificuldades para obter informações mais
profundas sobre a fé. Ela descobriu uma grande ajuda quando viu um
cartão que anunciava uma emissora católica local, a Rádio do Imaculado
Coração em Stockton, Califórnia. "Entrei em meu veículo, busquei a
estação e comecei a encontrar respostas às minhas perguntas", relatou.

A rádio católica não atrai somente pessoas devotas e praticantes de
outras denominações religiosas. Charles Johnson a descobriu quando se
sentiu decepcionado pelos conteúdos da rádio comercial. "Não estava
buscando me converter quando comecei a escutar a rádio católica",
contou. "Mas a mensagem católica, a do amor, era muito mais atraente
do que as mensagens da rádio secular". O hábito de escutar a Estação
da Cruz, em Buffalo, foi aproximando Johnson da vida de fé. "Escutar e
rezar com a estação de rádio por alguns anos me aproximou da Igreja. A
iniciação cristã para adultos fez o resto do caminho", disse.

O diretor de programação da emissora de rádio EWTN, Thom Prince,
narrou uma história da qual ficou sabendo recentemente em Birmingham.
"Há uns 10 anos, um homem afastado da fé sintonizou sua estação
católica local. Enviou um dinheiro de contribuição ao diretor e disse
que a seguiria escutando. Seus cheques chegaram mensalmente por vários
anos. Então, a estação recebeu um carta dizendo que ele não poderia
escutar mais porque ia entrar no Seminário. Hoje é um sacerdote na
Diocese de Birmingham", concluiu.

Com informações do National Catholic Register.

domingo, 5 de agosto de 2012

"A fé não é um projeto, mas encontrar a Cristo como pessoa viva"

"A fé não é um projeto, mas encontrar a Cristo como pessoa viva"

No Ângelus de hoje, Bento XVI exortou os fiéis a não pararem nas
preocupações materiais cotidianas, mas aceitarem os planos de Deus e
melhorarem o relacionamento com Ele.

CASTEL GANDOLFO, domingo, 5 de agosto de 2012 (ZENIT.org) – Às 12h de
hoje o Santo Padre Bento XVI, da varanda pátio interno do Palácio
Apostólico de Castel Gandolfo, recitou o Ângelus com os fiéis e
peregrinos presentes.

Estas são as palavras do Papa na introdução da oração mariana:

***

Queridos irmãos e irmãs,

Na Liturgia da Palavra deste domingo continua a leitura do capítulo 6º
do Evangelho de João. Estamos na sinagoga de Cafarnaum, onde Jesus
está dando o seu famoso discurso depois da multiplicação dos pães. As
pessoas tentaram fazê-lo rei, mas Jesus havia se retirou, primeiro
sobre o monte com Deus, com o Pai, e depois em Cafarnaum.

Não vendo-o, começaram a buscá-lo, subiram em barcas para chegar à
outra margem do lago e finalmente o encontraram. Mas Jesus sabia bem o
motivo de tanto entusiasmo ao segui-lo e também o diz com clareza: vós
"me procurais não porque vistes sinais [porque o vosso coração ficou
impressionado], mas porque comestes dos pães e ficastes satisfeitos"
(v. 26).

Jesus quer ajudar as pessoas a ir além da satisfação imediata das
próprias necessidades materiais, também importantes. Quer abrir-lhes
um horizonte de existência que não é simplesmente aquele das
preocupações cotidianas do comer, do vestir, da carreira. Jesus fala
de uma comida que não perece, que é importante buscar e acolher. Ele
afirma: "Trabalhem não pela comida que não dura, mas pela comida que
permanece para a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará" (v. 27).

A multidão não entende, acredita que Jesus pede a observância dos
preceitos para poder obter a continuação desse milagre, e pergunta: "O
que devemos fazer para realizar as obras de Deus?" (V. 28). A resposta
de Jesus é clara: "Esta é a obra de Deus: que creiais naquele que ele
enviou" (v. 29). O centro da existência, o que dá sentido e firme
esperança no caminho muitas vezes difícil da vida é a fé em Jesus, o
encontro com Cristo. Também nós perguntamos: "O que devemos fazer para
herdar a vida eterna?". E Jesus disse: "acredite em mim."

A fé é a coisa fundamental. Não se trata aqui de seguir uma idéia, um
projeto, mas de encontrar a Jesus como uma Pessoa viva, de deixar-se
envolver totalmente por Ele e pelo seu Evangelho. Jesus convida a não
parar no horizonte puramente humano e a abrir-se para o horizonte de
Deus, para o horizonte da fé. Ele exige uma única obra: acolher o
plano de Deus, ou seja, "crer naquele que ele enviou" (v. 29).

Moisés tinha dado a Israel o maná, o pão do céu, com o qual o próprio
Deus tinha alimentado o seu povo. Jesus não dá qualquer coisa, dá a Si
mesmo: é Ele o "verdadeiro pão que desceu do céu", Ele, a Palavra Viva
do Pai; no encontro com Ele encontramos o Deus vivo.

"O que devemos fazer para realizar as obras de Deus?" (V. 28) pergunta
a multidão, pronta para agir, para que o milagre do pão continue. Mas
a Jesus, verdadeiro pão da vida, que satisfaz a nossa fome de sentido,
de verdade, não é possível "ganhar" com o trabalho humano; só vem a
nós como um dom de Deus, como obra de Deus, que deve ser pedida e
acolhida.

Queridos amigos, nos dias carregados de preocupações e de problemas,
mas também naqueles de descanso e relaxamento, o Senhor nos convida a
não esquecer que, se é necessário preocupar-nos pelo pão material e
restaurar as forças, ainda mais fundamental é fazer crescer a relação
com Ele, reforçar a nossa fé naquele que é o "pão da vida", que enche
o nosso desejo de verdade e de amor. A Virgem Maria, no dia em que
lembramos a dedicação da Basília de Santa Maria Maior, em Roma, nos
sustente no nosso caminho de fé.

[Traduzido do Italiano por Thácio Siqueira]

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Um muçulmano abraça a Igreja

Um muçulmano abraça a Igreja

Filantropo britânico Ilyas Khan conta a sua corajosa conversão ao catolicismo

Salvatore Cernuzio
ROMA, quinta-feira, 2 de agosto de 2012 (ZENIT.org) - Existem muitos muçulmanos que gostariam de renunciar ao islã para abraçar o cristianismo. Entretanto, na maioria dos casos, o medo da perseguição os impede de se converter.
Mesmo assim, existem aqueles que têm a coragem de fazer essa escolha não só na intimidade do coração, mas afirmando-a publicamente no site do jornal National Catholic Register.
É o caso de Ilyas Khan, filantropo britânico, nascido de pais muçulmanos, crescido na Grã-Bretanha, banqueiro de formação, dono do clube de futebol Accrington Stanley e presidente do Leonard Cheshire Disability, a maior organização mundial de assistência às pessoas com necessidades especiais.
"A minha fé conta com a grande contribuição da educação que eu recebi até os meus 4 anos", revela Ilyas ao entrevistador, que lhe pergunta o que o levou à fé católica. "A minha mãe estava muito doente. Quem me criou naqueles primeiros anos foi a minha avó, que era profundamente católica. Eu não tinha como não me considerar cristão".
Dos 4 aos 17 anos, porém, Ilyas foi criado e educado como muçulmano. Ele conta: "Na faculdade, a divina providência interveio novamente. Eu fui morar na Netherhall House, que é uma casa de estudantes do Opus Dei".
O tempo que passou naquela casa de estudantes o aproximou da espiritualidade e da fé católica. Ele mesmo afirma: "Eu não posso dizer que fui induzido à fé inconscientemente. Pelo contrário. Lá pelos 18 ou 19 anos, eu descobriu pessoas como Hans Urs von Balthasar, e comecei a ler muito os textos da biblioteca. Fiquei interessado na teologia, em Santo Agostinho e Orígenes".
Essas leituras provocaram no jovem Ilyas um movimento interior que já então o empurrava a proclamar as próprias crenças abertamente, mas o medo de causar uma dor profunda nos pais, ainda vivos, o sufocava.
A virada decisiva, lembra Khan, foi um "grau maior de consciência de toda a minha vida e das minhas bases morais". "O desejo de abandonar o islã era profundo, mas foi o impulso de Cristo que me levou à decisão".
A contribuição fundamental veio da rotina de "viver a vida da Igreja" durante uma estadia em Hong Kong, aos 25 anos. A igreja chinesa de São José "foi o lugar onde eu descobri o catolicismo tradicional. Dos 25 anos em diante, eu não tive mais nenhuma dúvida: eu era católico".
Mas houve um momento em particular que marcou indelevelmente a fé de Ilyas: uma "visão" durante uma visita à basílica de São Pedro. "Eu estava caminhando pela basílica e me lembro de ter sido 'arrebatado' ao ver a Pietá de Michelangelo. Me vieram mil perguntas enquanto eu olhava para aquele rosto de Maria que contempla o seu Filho. E eu disse para mim mesmo: 'Este é Deus! Não pode não ser Deus'. Para o islã, dizer que Deus se fez homem é uma heresia. Foi ali que me caíram por terra todas as dúvidas. A beleza e a atmosfera em torno daquele espetáculo foram a grande virada".
O testemunho de Ilyas Khan, por um lado, serve como estímulo para todos aqueles que ainda têm dúvidas ou medos quanto às próprias crenças. Por outro lado, no entranto, a conversão despertou reações negativas, traduzidas em demonstrações de ódio e em ameaças diretas de morte.
Ilyas não tem medo de expressar a sua fé nem de proclamar publicamente a sua beleza. Ele é considerado hoje, na Grã-Bretanha, como "o mais importante neo-converso ao catolicismo".
Trad.ZENIT