sexta-feira, 6 de julho de 2012

Católicos agora são maioria nos EUA

Católicos agora são maioria nos EUA



Enquanto a mídia secular está arrotando o resultado das pesquisas do nosso ultra ortodoxo e confiavél IBGE sobre a queda de católicos em terras brasileiras, nos Estados Unidos da América a situação concreta é bem diferente: na maior nação protestante do mundo agora o Catolicismo já é a maior religião cristã com mais de 68 milhões de fiéis. A maioria convertida do protestantismo.

É ótimo que os EUA estejam se convertendo rápido e "tradicionalmente". O país deles tendo protestantismo como raiz devem saber, e ter provado muitas das loucuras e venenos que traz esse tipo de crença.

Os dados:
1. The Catholic Church 68,202,492, [ranked 1 in 2011]
2. Southern Baptist Convention 16,136,044, [ranked 2 in 2011]
3. The United Methodist Church 7,679,850, [ranked 3 in 2011]
4. The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints 6,157,238, [ranked 4 in 2011]
5. The Church of God in Christ 5,499,875, [ranked 5 in 2011]
6. National Baptist Convention , U.S.A. , Inc. 5,197,512, [ranked 6 in 2011]
7. Evangelical Lutheran Church in America 4,274,855, [ranked 7 in 2011]
8. National Baptist Convention of America , Inc. 3,500,000, [ranked 8 in 2011]
9. Assemblies of God 3,030,944, [ranked 9 in 2011]
10. Presbyterian Church (U.S.A.) 2,675,873, [ranked 10 in 2011]

Fontes 2012 Yearbook of American and Canadian e Census 2012

Bento XVI, na sua homília no “Yankee Stadium” de Nova Iorque, lembrou que “Nesta terra de liberdade religiosa, os católicos encontraram não só a liberdade para praticar sua fé, mas também para participar plenamente na vida civil, levando consigo suas convicções morais para a esfera pública, cooperando com seus vizinhos a forjar uma vibrante sociedade democrática.” De fato, na recém fundada federação americana, se instituiu uma realidade muito particular, podemos dizer que foi na terra estadunidense onde a Igreja Católica vivenciou maior liberdade sob um país majoritariamente protestante. Dessa forma, o clero americano pôde acolher com maior zelo os imigrantes de fé romana, principalmente vindos da Irlanda, num primeiro momento, e depois da Itália, Polônia e Alemanha, assim como sedimentar uma forte presença no país, seja através de instituições ou por meio do crescente número de vocações.

O futuro do catolicismo nas Américas, sobretudo nos Estados Unidos, é de grande importância para a Cristandade. A Europa está espiritualmente morta e em breve será tomada pacificamente pela Islã, pois os europeus de herança cristã não têm mais filhos, nem mesmo o suficiente para repor o declínio natural da população. Salvo um milagre, é um processo irreversível.

Da Europa se terá apenas a saudosa lembrança de um tempo cristão, que não voltará tão cedo, e que viverá talvez em pequenas ilhas isoladas, como os cristãos dos países maometanos do Oriente. Queira Nossa Senhora que aconteça um milagre e que a Europa volte a ser cristã. Talvez as profecias de Fátima se cumpram trazendo uma renovação católica no Velho Mundo. Talvez. Rezemos.

Em termos práticos, sem esperar pelo milagre, confiando no andar ordinário das coisas, as Américas são uma terra mais fértil para a semente do Evangelho.

O Brasil seria uma ótima terra de missão, com um povo mais dócil às verdades reveladas, com virtudes ainda inacabadas, herdadas da presença do catolicismo antes da crise pós-conciliar que devastou a vida espiritual do Ocidente. Os países da América Hispânica, catolicíssimos, devotíssimos de Nossa Senhora, também têm em si a potência de protagonizar o ressurgimento de uma civilização católica no Ocidente. Mas os Estados Unidos teriam um papel de cardeal importância, porque lá as instituições e os estado de espírito necessárias para isso já são uma realidade. Mesmo fortemente abalado pela crise conciliar, o catolicismo lá é mais pujante que em qualquer outra nação do Ocidente. Antes da crise conciliar essa pujança era uma coisa notável.

Só em 1955 foram 140 mil os protestantes convertidos e a população católica crescia em 1 milhão anualmente. Isso é uma coisa verdadeira assombrosa!




O desejo de converter protestantes sempre esteve presente no sague do católico americano, no desenho "Os Simpsons" - que retratada o cotidiano da sociedade americana - no episódio O pai, o filho e o santo hóspede ao descobrir que Homer e Bart se tornaram católicos, Marge reclama dizendo que: "Os católicos não nos [ protestantes] deixam em paz, vivem querendo nos converter".

Alguns Bispos Americanos dão dando aula de evangelização. Há uma iniciativa da Conferência Episcopal Americana em fazer propaganda da fé católica em comerciais das mais populares emissores de TV. É como se a CNBB fizesse comercial da Missa Tridentina e a Globo anunciasse em horário nobre.

Veja por exemplo, o que a Arquidicese de Nova Iorque produziu, um vídeo de ordenação de cinco jovens padres e questionando o telespectador sobre sua vocação.



O "Reverendo Sacerdote" quando reitor de Notre Dame, Pe. John Jenkins CSC, tomou reprovação oficial de nada menos do que 30 bispos norte-americanos pela decisão de chamar o Abortobama para dar a Aula Magna e ainda dar-lhe um doutorado honoris causa.

Os católicos verdadeiros de Notre-Dame fizeram uma campanha para a demissão do Pe. Jenkins. E pegaram logo no coração do negócio: conseguiram a adesão, em menos de duas semanas, de nada mais nada menos que doadores de um total de US$ 14 milhões que iriam para a Universidade, e que os depositaram ao invés num fundo comum que só será liberado para a Universidade quando demitirem o sujeito e colocarem um padre ortodoxo e comprometido com a causa católica no seu lugar.

Aqui no Brasil seria igualzinho.

Leigos americamos fazem um rico trabalho de apologética. Usam um bom catecismo, o de Trento, preferencialmente, já que ele passa as indicações bíblicas quase que impulsadamente, a Súmula Bíblica Contra Protestantes e Catolicismo e Protestantismo, do Padre Leonel Franca.

Ensinando assim que seguir os ensinamentos de Cristo é seguir a Igreja, pois os dois estão intrincados de maneira irremediável. Não havendo salvação fora da Igreja no sentido que os méritos da Paixão são distribuídos por meio dela. A Igreja é Una porque tem unidade de doutrina e governo (embora isso não implique em uniformidade). As divergências atuais são o fruto do modernismo que, no Brasil, se transformou na Teologia da Libertação.

A Igreja é monárquica porque o exercício do poder nela é uno, usando a tipologia clássica de Aristóteles. Cristo é a Cabeça da Igreja, mas visivelmente, ele é representado pelo Papa.

Existem mais de 50.000 mil denominações protestantes, mas é evidente que não existem 50.000 doutrinas, EXISTEM MUITO MAIS. Pelo princípio do livre exame, cada protestante acredita no que quer e bem entende.

O livro Todos os caminhos vão dar a Roma, do ex-pastor presbiteriano Scott Hahn e sua esposa Kimberly Hahn até hoje é responsável pela conversão de milhares de protestantes. Na obra, o casal relata o percurso de conversão e como foram vendo quanto a Sola Scriptura (“Só a escritura”) era incompatível com a mensagem de Cristo. É interessante, pois descreve a conversão de duas pessoas que tinham uma (falsa) idéia de catolicismo. O engraçado é que eles passaram admirar a fé católica através de sua moral, especialmente no que diz respeito a métodos reprodutivos, exatamente o ponto que a grande maioria dos católicos simplesmente não entende.

Foi surpreendente a conversão de um presbiteriano, tão orgulhosos que eles são de sua teologia.

A atração que os protestantes americamos tem pela Igreja é pelo seu conservadorismo, conservadora no sentido de guardar e conservar o que Cristo deixou a ela. Uma vez que muitos não suportam uma religião liberal, sempre vem no sentido de mudar aquilo que exatamente ela não pode mudar.

Sua doutrina, a verdade que ela é portadora e neste caso a Santa Missa, que infelizmente muitos católicos não sabem nem que acontece no momento em que a estão assistindo. Quando a conhecem e sabem exatamente o que ela significa, entendem que ela não precisa de mudança, mas a pessoa que tem se adequar à Igreja. A Igreja muda e já mudou no sentido e na maneira de expor aquilo que é imutável, mas nunca muda e mudará o que é essência.

Entre as verdades da fé católica está a de que a verdadeira Igreja de Cristo, é necessária para a eterna salvação das almas dos remidos por Ele. De fato, uma vez que Deus se dignou revelar-nos uma Religião - por Religião se entende, sobretudo, o conjunto de verdades reveladas a crer, de preceitos divinos a observar e de atos de culto a executar - e se dignou fundar uma Igreja para regular e dirigir essas atividades espirituais dos fiéis em ordem à sua salvação eterna, essa Igreja tem que ser necessária para a salvação e obrigatória para todos.

O tradicionalismo é necessário e sempre foi para que não percamos parâmetros e costumes essenciais da Igreja, sem os quais ela deixaria de ser Igreja. Esse tipo de conservação das leis está certo, pois é necessário para que mantenhamos a unidade. O conservadorismo e a Tradição na Igreja é o fundo que permite e regula a existência das novidades, impedindo que se instalem falsas boas novas, contrárias a verdadeira fé, contrárias ao que foi dito pelos Padres da Igreja, pelos Doutores da Igreja e por todos os Papas e Concílios anteriores.

Nos EUA há milhares de instituições católicas, que não apenas de uso para católicos, porque isso vai contra a lei da terra americana. Nessas instituições todos os usuários são catequizados doutrinalmente e são levados à uma esfera católica tradicional em seus ambientes.

Não nego que a idéia de uma instutuição fechada, só de católicos, tenha suas vantagens.

Imaginem que bom seria criar seus filhos longe da violência, do paganismo da wicca, do ateísmo, do marxismo escolar, dos preservativos, das propagandas sexuais, das revistas pornôs à mostra em qualquer banca de jornais, de vizinhos de escutam músicas péssimas em volumes altíssimos, e que costumeiramente gritam palavrões. Sem falar que uma comunidade católica sem crimes morais, de cidadãos-modelo, respeitosos à Lei, com índice de criminalidade quase nulo, serviria de exemplo e contraponto ao mundo, provando que a nossa maneira, longe de ser retrógrada e impossível, é constatavelmente eficiente se bem aplicada.

Haveria sim certas vantagens inegáveis, especialmente para as crianças, tão expostas hoje ao pecado. Mas também teríamos problemas: Separatismo, segregação voluntária não me soa bem.

Pode até passar um ar de superioridade. Somos sal da terra, devemos brilhar ainda que envoltos pela escuridão do mundo, sem nos conformarmos com ele. Fazer a nossa parte aqui mesmo, resistindo ao pecado e triunfando em Cristo mesmo diante de várias adversidades. A reclusão poderia soar como uma forma de fugir da luta e do esforço de converter aqueles ao nosso redor.

Um convertido do luteranismo é Robert C. Koons, que escreveu um texto muito bom, chamado A Lutheran's Case for Roman Catholicism. Pode ser baixado aqui

FONTE: David A. Conceição, Católicos agora são maioria nos EUA – Rio de Janeiro, julho de 2012, blogue Apostolado Tradição em Foco com Roma.

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